Minas Gerais
05h12 25 Outubro 2019
Atualizada em 25/10/2019 às 05h14

Jovem desaparecida é encontrada morta às margens de rodovia em Ribeirão das Neves

Por BHAZ

Foi encontrado nesta quinta-feira (24) o corpo da jovem de 21 anos desaparecida desde a madrugada de terça-feira (21) quando se deslocava a caminho de uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). Segundo a Polícia Militar, Tifany dos Reis Maia foi assassinada pelo irmão do marido, a quem ela ajudava com uma mesada – teria sido justamente o atraso desse pagamento a motivação para o autor, que dispensou o corpo às margens da rodovia LMG-806, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH.

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“Conforme nossos levantamentos, o irmão do marido da Tifany é usuário de drogas e teve que fugir, após receber ameaças de morte, de Santa Luzia, onde morava. A jovem, então, resolveu pagar R$ 70 por mês para ajudá-lo. Em troca, ele olhava o filho da Tifany – e sobrinho dele”, explica ao BHAZ o tenente-coronel Lucas Pinheiro, comandante do 40º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento de Neves.

“A Tifany atrasou um pouco esse pagamento porque, pelo o que apuramos, estava sem dinheiro. Mas sempre falou que pagaria. No entanto, os dois tiveram uma discussão de segunda para terça e o cunhado a matou estrangulado. Depois colocou o corpo num saco e o enrolou num lençol para, enfim, desovar às margens da rodovia”, complementa Pinheiro.

O lençol, inclusive, seria reconhecido pelo próprio marido posteriormente quando procurava pelo corpo.

‘Fiz besteira’

A família de Tifany fez queixa na terça e, na quarta à noite, o autor ligou para o irmão – e marido da vítima. “‘Fiz besteiria, matei sua mulher’, falou o autor pro irmão, que não acreditou. Mas ele insistiu e contou onde tinha deixado o corpo, na LMG-806”, afirma o comandante do policiamento de Neves.

O marido, então, fez buscas pela rodovia e reconheceu o lençol. O corpo de Tifany estava seminu dentro de um saco e com a boca amordaçada. Peritos estiveram na cena do crime. Até a publicação desta reportagem, militares do 40º batalhão ainda realizavam buscas para encontrar o autor confesso.

‘Menina boa, alegre’

Ao BHAZ, Patrícia dos Santos, cunhada de Tifany, conta que a jovem era uma pessoa ótima. “Ela era alegre, humilde, mas ingênua demais. Não fazia mal para ninguém, uma menina boa, de 21 anos, que não tinha envolvimento com droga, com nada de errado”, disse.

Segundo Patrícia, a família não sabia detalhes sobre a rotina da jovem desde que ela foi morar com familiares do marido, que conheceu quando tinha 16 anos. “Desde que ela mudou pra lá, nós não sabíamos muita coisa sobre, ultimamente ficou muito fechada”, explicou a cunhada.

Quando Tifany desapareceu, a informação era de que ela havia saído de casa para ir à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por causa de uma dor no ouvido. Agora, no entanto, a família diz não saber mais em que acreditar. “A gente espera que a justiça seja feita, ela não merecia isso”, diz Patrícia.

 

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